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No País dos Renascimentos - Capítulo 16

Recanto dos Anjos



Tinha tudo para dar certo. O planejamento era perfeito. Amigos espirituais conversaram comigo durante muito tempo. Fui convenientemente preparado. Matriculei-me numa escola preparatória. Muitas pessoas pensam que reencarnar é apenas entrar no útero da futura mãe e deixar por conta da natureza. Não é bem assim. Existe toda uma complexidade. Existe todo um andamento onde as forças necessitam interagir. Na data aprazada fui encaminhada ao lar dos meus futuros pais. Lá estavam eles: Maria Lúcia e Alencar. Quase jovens ainda. Um tinha trinta e seis e outra trinta e dois. Haviam casado, ou melhor, unido suas vidas, dez anos antes e acharam por bem esperar. Tinham que estudar, formar, conseguir bom emprego e todas as burocracias normais que envolvem as vidas das pessoas. Até que optaram por mim. Fiquei feliz. Maria Lúcia já havia sido minha mãe numa das centenas de renascimentos meus. Alencar era um amante de várias jornadas. Bastava nos encontrar e, pronto! Lá estávamos nós, escondidos sob a malícia dos nossos olhos e lábios. Alencar, contudo, sempre me aparecia casado, ou então eu aparecia casada para ele. Era um desacerto que nossas mentes vãs acabavam por encontrar um jeito de fazer acontecer. Agora seríamos pai e filha. Daria certo?

Ainda bem que já fui muito sonolenta para a casa do Alencar. Via apenas sombras e penumbras de forma que minhas emoções não sobressaltavam. Ouvia o falar. O andar e os barulhos domésticos, às vezes são aconchegantes. Um quarto estava especialmente decorado, aguardando-me. Ali fiquei como que deitada num berço improvisado pelos amigos espirituais. A redução do perispírito já estava em curso e me sentia quase bebê. Gostoso sentir-se assim. É como se o mundo fosse uma imensa bola de cristal e eu ali dentro, dona absoluta dele, sem ninguém para dividir espaços. Há uma brisa morna que aquece nossa nudez. Há uma sonoridade quase exemplar dos cantos angelicais que devem vir de Deus. Brincava com minhas mãos numa quase travessura de menina grande desejando ser menina pequena. De quando em vez, Alencar aproximava-se de mim. Devia ser noite e ele estava liberto do corpo pelo sono físico. Olhava-me, creio mesmo que sabia de mim. Maria Lúcia também se aproximava. Sorria-me. Seu sorriso era um misto de: quero-te muito com: não vá atrapalhar minha vida.

O tempo não se conta nessas horas. O tempo é uma brincadeira de mentes pequenas. Esta era a certeza do Augusto, um primo que encontrei na espiritualidade. Não sentia respirar. Era automático. Não sentia fome, deviam ofertar-me sucos de tamanha fluidez que não o detinha com meu olhar ou paladar. Vida boa a de pré-nascida. De vez em quando meu coração dava sinais de sua existência. Éramos parceiros. Sem ele, nada. Sem eu, não existiria.

Chegou uma noite em que Augusto e Maria Lúcia reencontraram-se na intimidade que lhes pertencia. Como que imã fui atraída por eles. Adormeci. Entra-se também num túnel quando se vai renascer. Pelo menos foi o que aconteceu comigo. Vi-me projetada numa moça alta, de cabelos longos e loiros. Uma pasta cinza estava em minhas mãos e eu caminhava resoluta para um salão de conferências. Era aguardada com ansiedade. Levava ali decisões importantes que, na certa, modificariam muita coisa que não sabia dizer o que era. Miriam... Chamavam-me de Miriam. Com certeza o nome escolhido pelos meus pais. Gostei do nome. Soava bem e não me comprometia com nenhuma pessoa histórica a não ser Maria, a Mãe de Jesus. Contudo, estava muito distante de qualquer possível interpretação de semelhança.

Os primeiros momentos naquele casulo foram-me de desconforto. Vibrações estranhas penetravam-me com intensidade. Não era eu e ao mesmo tempo era eu mesma. Queria voltar ao meu normal estado de consciência e era impedida por uma trava, que sabia justa, mas que infelicitava meu ser. Houve momentos que tive vontade de sair dali sair correndo como sempre fazia quando algo não me agradava. Um facho de luz surgia e conseguia me acalmar. Deviam ser os amigos espirituais dando-me passes. Depois adormecia de novo. Num dos meus despertamentos dentro daquela casa emprestada, notei com certa alegria que alguma coisa estava surgindo ao meu derredor. Eram as primeiras expressões do meu futuro corpo. Que vontade de acompanhar sua formação, mas de novo vinha o sono, os sonhos sempre cheios de casas, castelos, estradas, torres pontiagudas, altares de celebrações, tudo num caleidoscópio quase mágico. Acho que os fetos são visitados por essas imagens para facilitar o seu tempo de construção e readaptação ao novo corpo. De uma coisa podia ter certeza, seria bela. Pois Augusto e Maria Lúcia eram Apolo e Vênus dentro dos meus conceitos. Houve um momento que adormeci profundamente. Não sei o tempo que fiquei adormecida. Despertei lentamente e vi que existiam minhas mãos e que meu coração pulsava forte e rápido. Comecei a ouvir as vozes de meus pais. Eles conversavam, às vezes tocavam-me levemente. Eu sentia suas mãos sobre mim. Deveriam estar acariciando a barriga em crescimento de Maria Lúcia. Um dia acordei com uma música muito suave. Ela vinha de longe, vinha de fora. Fixei minha visão de dentro para ver donde provinha. Enxerguei meu futuro quarto e vi que havia um aparelho de som. Sim, com certeza, Maria Lúcia ali estava assentada ouvindo uma canção de ninar. Como me senti confortada com aquela música suave. Embora tenha vivido centenas de vidas e tendo sido adulta centenas de vezes, aquela canção era própria para mim. Ali entendi que toda canção de ninar tem os acordes próprios para cada pessoa que vai renascer.

Creio que o tempo ia passando, pois eu me sentia cada vez mais menina, criança, bebê. Era afagada constantemente pelas expressões de dentro e de fora, pelas luzes que me envolviam. Eu era quase consciente naquele estado em que me encontrava. Imaginava, às vezes, como seria quando saísse dali. Um raio de felicidade penetrava-me. Eu me sentia pequena deusa pronta para ser abraçada, querida, respeitada. Sim, os bebês necessitam ser respeitados. Num momento daqueles consegui ouvir a voz de Antero, meu benfeitor espiritual:

– Miriam, está tudo indo bem com você, porém necessita estar muito forte. Maria Lúcia está mudando de planos. Estamos tentando reverter suas idéias. Conserve-se confiante em Jesus.

Na escola que frequentei antes do reencarne todas as lições são dirigidas para a confiança e a fé em Jesus que vela por todos nós, cada um em particular. Devemos dividir com Ele todos os nossos momentos, bons e maus. Comecei a perceber que meu corpo às vezes era envolvido por uma substância ácida que me queimava. As células que morriam necessitavam ser imediatamente recompostas por outras e aqueles fachos de luz se intensificavam. Percebia que Maria Lúcia estava agitada e que quase voava, pois me via transportada com extrema velocidade de um lado para o outro, num ir e vir sem nunca chegar. As vibrações foram ficando pesadas, quase insuportáveis e comecei a sofrer muito. Ouvia gritos e até senti um forte safanão vindo de fora e que quase atingiu meu cérebro em formação. O que estaria acontecendo? De vez em quando tudo acalmava e voltava ao normal. Contudo, houve um dia em que aconteceu algo aterrador, senti-me sugada para baixo e via meus membros sendo esfacelados, minha pequena cabeça esmagada. Comecei a chorar e gemer. A dor era intensa e foi ficando mais intensa ainda. Não era dor física. Acho que ainda não tinha nervos formados para tanto, era uma dor que vinha de dentro. Uma dor angústia, dor de perda, dor de ser rejeitada. A dor da rejeição é a pior que existe. Quis gritar que era amiga, que seria boa filha, que lutaria por mim e por eles, que trazia um roteiro cristão, que seria inteiramente nova. Que respeitaria Augusto como pai e Maria Lúcia como mãe. Um misto de dor, angústia e tristeza apossou-se de mim e, sob intensa luz percebi que o que era corpo em formação, transformou-se em sangue corrente que esvaia desastrosamente.

Acordei um tempo depois num templo recoberto de luzes indiretas. Assemelhava-se ao casulo em que me encontrava. Senti-me segura. Tinha quase certeza que havia passado num túnel que dava para o desterro. Num daqueles túneis que cavamos nos esconderijos das nossas mentes e que nos sugam para lugares infectos. Tinha quase certeza que agora tudo estava normal. Ouvi de novo aquela suave canção de ninar e uma voz materna acalentou-me dizendo que Jesus me amava. Respirei profundamente. Estava de novo na casa da minha mãe. Olhei-me, vi-me formada com mãos, pés, braços, cabeça, tronco e um coração que batia cumprindo rigoroso seu dever.

– Deve faltar pouco para o meu renascimento. Pensei. Já era um bebê formado. Se demorar muito minha mãe vai sofrer bastante. Sim, eu me preocupava com ela. Queria chegar sem transtornar ninguém ou nada.

– Kantia, como está se sentindo?

– Kantia? Perguntei-me.

– Kantia, sou eu a Jolina.

– Kantia? Jolina? Quem eram aquelas pessoas?

– Sou Miriam, pensei.

– Kantia, trouxe-lhe um pouco do suco de nó que você adora.

– Suco de nó? O que vem a ser isto?

– Toma. Beba um pouco.

Sim, tomei um pouco daquele néctar divino e aos poucos minha consciência foi despertando. Kantia era meu nome antes de renascer e Jolina minha estimada amiga que me ofereceu seu colo de luz durante os anos de preparação que havia passado na colônia espiritual.

– Jolina... Jolina... Veio me visitar? Eu já renasci? Não me recordo de nada, só de você!

– Kantia, minha menina. Tranquilize seu coração. Daqui a pouco vai entender tudo. Agora descanse. Necessita refazer energias.

Adormeci por longo tempo. Um dia acordei. Não era mais bebê. Era uma menina de aproximados doze anos. Olhei-me assustada, contudo, havia aprendido que muitos reencarnantes passam a primeira infância e até a adolescência semi adormecidos sem entenderem o que de fato lhes está acontecendo. O período de readaptação ao novo corpo, nova família, cidade, país e cultura pode deixar a mente daquele que está retornando um pouco atordoada. Na certa havia acontecido o mesmo comigo. Acordei num quarto belissimamente decorado para uma menina de doze anos. Levantei-me. Era preciso observar tudo. O que havia feito até ali, estava sendo boa filha, boa colega, boa amiga? E meus pais, Augusto e Maria Lúcia, o que eles faziam, trabalhavam com quê. Eu tinha irmãos? Eu me sentia Miriam, agora sim, renascida. Necessitaria urgente tomar conta da minha vida. Eu seria administradora de empresas, não me casaria, porém iria adotar uma criança que viria de um país em chamas. Um país pobre, uma criança pobre. Seria minha redenção com aquele espírito que tanto sofreu em minhas mãos num passado deteriorado. Ainda era menina, a virgindade física deveria acompanhar-me pela vida toda. Aplacaria minhas tormentas sexuais, fui psiquicamente preparada para isto. Olharia os homens e deveria ter por eles profundo respeito e amor fraternal. Bem, cada qual com suas necessidades. Essas eram um pouco das minhas.

Sai do quarto. Queria me situar. Encontrei um menino quase negro que perambulava numa espécie de corredor. Quis falar com ele, porém correu ao me ver.

– Será um filho adotivo dos meus pais? Perguntei e tentei aproximar-me dele. Ele corria sempre. Imaginei que deveria ter sido muito má para com ele até aquele dia. Andei. A casa era enorme, não era bem o que esperava encontrar para minha nova residência. Encontrei uma porta e saí. Lá fora havia um jardim e outras pessoas brincando num parque. Olhei para trás e tive uma grande alegria. Aquela não era minha casa, era minha escola... Sim, havia alunos e eu devia ser um deles.

Caminhei aos seus encontros. Algum ou todos eles me reconheceriam e entraria em suas brincadeiras, em suas conversas, em seus afazeres. Andei como tonta à procura de colegas. Ninguém sequer percebeu minha presença. Meu caminhar, a princípio seguro, tornava-se claudicante. Assentei-me num banco e olhei em volta. Era tudo solidão. Muitos estavam ali e eu só. Admiti a hipótese de ser uma colega má que todos evitavam. A bola correu em minha direção. Corri e peguei-a. Uma garota mais ou menos da minha idade veio buscá-la e olhou-me nos olhos com olhos de desconhecida. Agradeceu e se foi. Precisava fazer alguma coisa. Precisava conversar com alguém, precisava saber onde estava e quem era o que tinha ou estava fazenda da minha nova encarnação. O entardecer não demorou. Era um ocaso belíssimo. Nunca havia visto nada igual. Tive uma vontade enorme de correr em direção à linha do horizonte e encontrar-me com o infinito. E comecei a correr, na linha do horizonte despontava uma lua azulada. Era belíssima e deixava ser vista sem as marcas das crateras que a identificam. Senti vontade de abraçá-la correr com ela no céu, ser parte integrante da sua essência. Pensei no amor. Sim, a lua desperta sentimentos. Pensei em Alencar. Mas era incesto. Alencar agora era meu pai. Procurei outros e mais outros. Num instante senti que Alencar chorava. Chorava por mim, com saudades da minha presença.

– Ué, mas não estou todos os dias na sua casa? Perguntei àquela nuvem que rondava meu ser.

Houve um som. Era a palavra de alguém. Voltei e vi Jolina.

– Kantia, vamos. A noite não tarda.

De novo ela me chamava de Kantia enquanto que eu era Miriam. Quis dizê-la novamente, contudo abraçou-me ternamente e fiz com ela o caminho de volta, deixando atrás a lua e a linha do horizonte. Entramos num prédio que ficava ao lado da escola. Imaginei que Jolina era a diretora do estabelecimento e o prédio ao lado a sua sala. Com certeza daria um puxão de orelhas em mim por alguma travessura. Mas, o que são as travessuras quando ainda se é apenas criança?

– Diretora, posso perguntar uma coisa?

– Sim. Esteja à vontade

– Eu sou boa aluna?

– Porque me pergunta isto?

À esta altura estávamos confortavelmente assentadas em poltronas luxuosas de veludo verde claro.

– Nossa! Como as coisas mudaram no plano físico. Não vejo ninguém com cara de pobreza e os prédios e móveis são riquíssimos. Será que Alencar e Maria Lúcia se mudaram para um país muito rico e é nele que estou sendo criada? Falei tanto que quase mudei o rumo da minha pergunta inicial.

– Não Kantia. Seus pais não mudaram de país. Continuam residindo no mesmo lugar. Foi você quem mudou.

– Eu? Então não moro com meus pais? Por quê?

– Sim. Você não mora com seus pais. Mora aqui conosco.

– E como se chama este lugar?

– Recanto dos Anjos.

– Recanto dos Anjos?

Jolina olhou-me diferente. Algum sininho começou a tocar na minha cabeça. Eu não era um anjo. Estava longe disto. Sempre, em outros tempos ouvia falar que crianças quando morrem viram anjos. Estava bem gravado na minha memória e eu era uma criança. Anjo... Criança... Anjo...

– Kantia, seu raciocínio está certo. Você...

– Eu morri no dia do meu nascimento? Falei em tom alto e quase de revolta, levantando-me de inopino.

– Digamos que você tenha retornado antes do seu nascimento!

Caí estática na poltrona. Estava tudo ficando claro: meu nome Kantia, minha sonolência prolongada, ser desconhecida de todos, não saber quem era Jolina... Recanto dos Anjos...

– Sim Kantia. Não foi possível completar sua encarnação.

Eu estava vivendo uma ilusão. Estava de novo desencarnada. O que havia acontecido? Aborto? Quando vamos renascer oramos muito para que nossos pais nos aceitem e nos dêem condições de moldarmos nossos futuros corpos e nascer neles. Aborto... Meu Deus, seria possível? Mas que tipo de aborto: normal ou provocado? Jolina lia meus pensamentos e esboçou responder-me. Tapei meus ouvidos. Não queria saber. Se ele me dissesse que tinha sido provocado, cairia desmaiada. Aborto provocado significa: Não quero você! Isto é rejeição pura! Ai, como dói ser rejeitada...

Prorrompi em lágrimas. Convulsivo choro tomou-me por completo. Não queria ver cenas internas ou externas. Não queria ouvir ninguém. Não queria correr em direção à linha do horizonte ou assentar-me na lua e passear com ela pelo infinito. Não queria saber do amor, de amar, ser amada... Não queria saber da vida, de nada... De nada!

– Pode chorar Kantia. Fará muito bem a você.

Na verdade, Jolina não precisava dizer mais nada. Havia entendido tudo. Eu fui abortada pelos meus pais que não me queriam. Por que, se fora tudo anteriormente acertado com eles? Por que desistiram de mim? O que havia em mim que me tornara distante deles? Senti a última das crianças, das jovens, dos adultos que sonham com a reencarnação. Não sei precisar o tempo que fiquei ali perguntando, perguntando. Calmamente Jolina pegou-me pelas mãos e me conduziu para um aposento que havia naquele lugar. Deitei e adormeci. Era o melhor que me podia acontecer. Não tive sonhos nem pesadelos. Fui acometida do nada. O nada que era para Alencar e Maria Lúcia.

Muito tempo depois despertei. Tinha os olhos cansados e a pele sem o rosado das moças da minha idade. Levantei-me. Precisava beber alguma coisa. Numa jarra bem posta havia um líquido que sorvi sem pesquisar o sabor. Senti-me um pouco mais fortalecida. Assentei-me em singela poltrona e aguardei Jolina ou o tempo ou a esperança.

Confesso que não foi fácil assimilar tudo aquilo. Na tarde de muitos dias depois conversei atentamente com minha amiga daquele Recanto e ele me confidenciou que Maria Lúcia, no fundo, sentiu ciúmes do esposo. Algo nela a fez relembrar os tempos idos e percebia que Alencar já me tratava como nascida, envolta em seus braços e afagos. Teve certeza que perderia o marido para a filha e resolveu livrar-se daquela que seria uma incômoda situação. Quando Alencar ficou sabendo do aborto quis abandoná-la, mas teve pena da esposa. Estava triste e combalida, arrependida e destronada da maternidade.

Hoje vivem como estranhos coabitando o mesmo teto. Pensam em mim, querem-me, mas estarei de novo em nova tentativa. Só que agora noutro lar, próximo ao de Alencar. Com certeza nos veremos e não seremos incestuosos. Assim caminhamos nós na busca dos nossos acertos. De repente a espiritualidade maior nos oferece o melhor e complicamos. De repente ela permite que ajustemos por nós mesmos nossas veredas. Amo Maria Lúcia como mãe e amo Alencar como esposo e vou conviver com eles, na casa ao lado. Seremos suficientemente fortes?

Ah Maria Lúcia porque você não me quis como filha? Ah Alencar porque não esperou que eu nascesse para transmudar seu amor? Eu vou renascer. Agora serei Kantia e Jolina estará a meu lado lutando para que eu dia, lá no futuro distante, eu retorne para o Recanto dos Anjos, a caminho da angelitude.



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“... todas as nossas obras, efetuadas de acordo com as leis divinas, sustentam-se por si mesmas e esperam-nos em qualquer tempo para a colheita de saborosos frutos de alegria eterna. Somente o mal está condenado à destruição e apenas o erro necessita laboriosos processos de retificação."


André Luiz

Missionário da Luz, FEB, 1976 – Cap. 13


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