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Um Natal de Jesus com Jesus - Henrique Miranda

Um Natal de Jesus com Jesus

Estamos mais ligados às sensações materiais do que às espirituais. A matéria nos seduz como a mariposa atraída pela luz. Como afirmam os Espíritos Amigos o materialismo é o grande mal. Certo que somos seres sensórios e os sentidos nos impressionam. O perfume das montanhas, o nascer do sol, o toque delicado das mãos amadas, o sabor das frutas maduras, o cantar de um sabiá.


As sensações de prazeres sadios não desaparecerão. Mas não podemos nos prender à matéria. Os Espíritos nos alertam quanto a domar as nossas más paixões.

Comprar nos dá uma sensação de saciedade, de alegria. No entanto após o esgotamento da novidade. Caímos na rotina e desejamos mais. Mais potência, mais memória, mas durabilidade, velocidade, mais, mais, mais.


O consumismo e a fugacidade de sua saciedade vão causando uma inquietação crescente. E chega o Natal. Uma sede surge, uma sede que todos sentem. Como se ouvíssemos Jesus oferecendo uma água que dessedenta. A água que o Mestre oferece a mulher samaritana. E buscamos alguma espiritualidade perdida entre as comemorações. Algum significado nas árvores com seus enfeites, os presépios, as músicas, a ceia, a troca em si dos presentes. A organização dos amigos ocultos, na tentativa de integração, lembrança e carinho, mesmo que por um presente com limitação de gasto.


Há a negação. Fenômeno que vivemos com intensidade. Alguns dizem detestar o Natal por ser uma festa depressiva. Sobre-excitados, febris de aproveitar a vida ao seu máximo. E na verdade desgastando suas mentes e corpos em noites mal dormidas, excessos de toda espécie, como se não houvesse amanhã. E, de forma contraditória, desejam pressa. Ainda que queiram ser jovens, belos, atléticos, para sempre.

Desejam que voe a semana de trabalho, para chegar ao fim de semana, ou o ano para chegarem as férias. Que o Natal passe para chegar o Ano Novo. E assim viver, sem maiores compromissos com o coração, a ligação afetiva, os laços espirituais. Um círculo vicioso de apressamentos e de paixões nocivas.


Mas tudo isso - por mais que vivamos em um ritmo ilusoriamente confortável - terá fim. A mensagem da cruz chegará a todos os corações. E com ouvidos de ouvir entenderemos que a mensagem de Jesus é de alegria, de vida em abundância. Do cumprimento com o Dever de sermos felizes. Não aqui. Não na fugacidade da matéria, na felicidade fugidia do consumismo. Mas na Verdadeira Vida. No Mundo Espiritual.

O apóstolo disse que a palavra da Cruz é loucura para aqueles que não a compreendem. Sim. É uma mensagem forte e contundente: devotamento e abnegação, incompreensão, prisão, sede, tortura, crucificação.


Assim como todo o Evangelho do Cristo, a mensagem da Cruz trás a marca do devotamento e da abnegação. Jesus mostra o caminho para a verdadeira Vida. Primeiro à Madalena, depois a todo o mundo. Ele também afirma que seu fardo era leve e Seu jugo suave. Por quê? Ele cumpria as Leis de Deus.


Ele prometeu a todos um lugar. E aqui estamos agora para habitar este lugar que o Cristo prometeu. Bastando apenas segui-Lo. Ele: o Caminho, a Verdade e a Vida.

Façamos deste Natal um Natal de Jesus com Jesus.

Pensemos no primeiro Natal de Jesus com Jesus. Um lugar simples. Onde se ouvia uma melodia que exaltava a paz na Terra aos homens de boa vontade em promover sua reforma íntima. Uma noite de sinceras esperanças. Sem ceia, sem presentes, sem árvores, pelo menos artificiais. E sim. Com um presépio, vivo. Não mais. Apenas sinceras e verdadeiras esperanças.

Um Natal de Jesus com Jesus.

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